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terça-feira, 26 de março de 2013

O CONDE DE SAINT-GERMAIN

Dois retratos famosos: o primeiro, de autor desconhecido, é o único
considerado verdadeiramente de Saint-Germain, produzido em sua temporada de dois anos em Versalhes. O segundo é uma fotografia cuja legenda diz tudo: Saint-Germain é o cavalheiro à esquerda de Madame Blavatsky. No Souvenirs de Marie Antoinette, da condessa d'Adhemar, temos uma excelente descrição do conde, a quem Frederico, o Grande se referia como "o homem que não morre":
"Em 1743 propagou-se o rumor de que um estrangeiro, enormemente rico, a julgar pela magnificência de suas jóias, acabara de chegar a Versalhes. Ninguém jamais foi capaz de descobrir de onde viera. Sua figura era bem proporcionada e graciosa, suas mãos delicadas, seus pés pequenos, e as pernas bem formadas, realçadas por meias de seda bem justas. Seu vestuário bem talhado sugeria uma forma de rara perfeição. Seu sorriso mostrava dentes magníficos, uma bonita covinha marcava-lhe o queixo, seu cabelo era negro e o olhar doce e penetrante. E, oh, seus olhos! Jamais vi semelhantes. Ele parecia ter cerca de quarenta ou quarenta e cinco anos de idade". Manly P. Hall

Será possível para um homem alcançar a imortalidade? Esta é a crença impressionante que envolve a histórica figura conhecida como Conde de Saint-Germain. Registros de seu nascimento situam seu nascimento no século XVII [anos 1600] mas, alguns, acreditam que sua longevidade recua à tempos anteriores à Era Cristã. Ele aparece muitas vezes ao longo da História mesmo recentemente, na década de 1970, sempre aparentando cerca de 45 anos de idade. Foi conhecido de muitas figuras notáveis da Europa, como Casanova, Madame Pompadour, Voltaire, o rei Luís XV, Catarina, a Grande, Anton Mesmer e outros.


Origens ─ A genealogia compilada por Annie Besant [teósofa] para o livro The Comte De St. Germain: The Secret of The Kings, assegura que o homem que ficou conhecido como Conde de Saint-Germain era filho de Francis Racoczi II, príncipe da Transilvânia, sua terra natal. Sua data de nascimento como Saint-Germain é estabelecida em 28 de amio de 1696. Outros relatos, considerados menos sérios, dizem que ele já vivia na época de Jesus; que esteve presente nas Bodas de Canaã, quando o jovem Messias transformou água em vinho; também teria assistido o Concílio de Nicéia, em 325 d.C..

Uma opinião unânime é que Saint-Germain dominava a Alquimia, a ciência mística que se trata do controle dos Elementos e cujo principal objetivo é encontrar a fórmula da famosa Pedra Filosofal ou Pedra dos Filósofos da qual, diz a tradição, se adicionada na fusão de metais ordinários, transforma-os em ouro ou prata. Além disso, a Pedra, pulverizada, compõe a fórmula do Elixir da Longa Vida. O preparo deste elixir, a descoberta deste grande segredo da alquimia, é a grande proeza atribuída ao Conde de Saint-Germain: esta seria a explicação de sua misteriosa longevidade.

Na Corte Européia ─ Na Europa, em 1742, o Conde de Saint-Germain era um personagem de destaque na alta sociedade. Ele tinha passado cinco anos na corte do Xá da Pérsia onde aprendeu a arte da joalheria. Ele conquistou os ricos e a realeza com seu vasto conhecimento de ciência e história, sua habilidade musical, seu charme, encanto pessoal e inteligência rápida. Falava fluentemente muitas línguas: francês, alemão, holandês, espanhol, português, russo e inglês além de ser familiarizado com o chinês, latim e árabe bem como o grego e o sânscrito.


Sua extraordinária sabedoria, sem dúvida contribuiu para que se tornasse um homem notável mas uma anedota [um caso muito divulgado], de 1760, pode ter gerado a lenda de que Saint-Germain era imortal. Naquele ano, em Paris, a Condessa von Georgy ouviu dizer que um Conde de Saint-Germain havia chegado para uma festa na casa de Madame Pompadour, amante do rei Luís XV, da França.

A velha condessa estava curiosa porque tinha conhecido o Conde de Saint-Germain em 1710. Ao encontrar Saint-Germain ficou completamente espantada: era jovem demais! Certamente, conhecera o pai dele em Veneza... ─ Não, madame ─ disse o conde. ─ Mas eu mesmo vivia em Veneza no fim do último século e começo deste século e tive a honra de fazer-lhe a corte na ocasião...


─ Impossível! ─ replicou a condessa ─ O conde de Saint-Germain que eu conheci naqueles dias tinha 45 anos mais ou menos e você, para ter 45 hoje!

─ Madame, eu sou muito velho ─ explicou o conde, sorrindo.


LENDAS...

Na época de Luís XV, em Versalhes [1758], além de ser conhecido como ourives e lapidador, trabalhava a tintura em tecidos de modo que jamais desbotavam.

Dizem que certa vez, o Conde de Saint-Germain assombrou a corte do rei Luís XV, quando o rei reclamou para si possuir um diamante de tamanho médio que, por ter um pequeno defeito, valia apenas seis mil libras e que, se tal falha não existisse, valeria pelo menos o dobro. Saint-Germain solicitou a pedra e, após um mês, devolveu-a ao joalheiro real, com o mesmo peso, sem que apresentasse a mínima anomalia. WIKIPEDIA

Os diamantes que decoravam seus sapatos valiam a soma considerável de duzentos mil francos. [Idem] O único retrato conhecido de Saint-Germain data da época em que freqüentou Versalhes, entre 1758 e 1760. O autor do retrato é desconhecido. The Count of St-Germain. Doug Skinner, 2001 ─ In FORTEAN TIMES


O nome, Saint-Germain, não seria herdado de família, mas inventado por ele mesmo, versão francesa para o latim Sanctus Germanus ou Irmão Santo.






POUCOS LIVROS




Apesar da erudição, o Conde de Saint-Germain não deixou muitos escritos. Dois destes raros trabalhos são:

La Tres Sainte TrinosoPhie [A Santíssima Trinosofia ou A Santíssima Sabedoria Tríplice], encontrado na Biblioteca de Troyes e La Magie Sainte [França], na Philosophical Research Society [Inglaterra], ambos "dedicados inteiramente aos segredos mais profundos da tradição esotérica" [Manly P. Hall, 2003].
Sobre a Trinosofia, comenta Hall [2003]: "Este manuscrito único, La Tres Sainte TrinosoPhie, é de máxima importância para todos os estudiosos da maçonaria e das ciências ocultas. Não só é o único escrito místico do conde de Saint-Germain, como também é um dos documentos mais extraordinários relativos às ciências herméticas jamais compilado".
Saint-Germain possuía uma magnífica biblioteca e sabe-se que escreveu sobre ciências ocultas, especialmente textos que foram usados por seus discípulos.

Quando o Conde morreu, estes escritos desapareceram, possivelmente recolhidos, tirados de circulação por membros da sociedade secreta à qual pertencia Saint-Germain, ainda que tal Sociedade seja um outro mistério para alguém que fez parte de tantas.

Sempre Presente ─ Velho, Jamais


Nos 40 anos subseqüentes, naquela segunda metade do século XVIII, Saint-Germain viajou intensamente percorrendo toda a Europa. Aqueles que o encontraram e reencontraram ficavam impressionados com suas muitas peculiaridades e habilidades:

*Tocava violino como um virtuoso

*Era um pintor de talento, considerado perfeito

*Onde que que estivesse, em suas viagens, sempre instalava um elaborado laboratório, presumivelmente para seu trabalho em Alquimia.

*Parecia ser e vivia como um homem rico, de grande fortuna; todavia, não tinha contas em bancos.

*Participava freqüentemente de jantares com amigos porque gostava da companhia deles mas, raramente foi visto comendo em público. Ele se mantinha, diziam, com uma dieta de farinha de aveia!

*Médico, curandeiro, mago, prescrevia fórmulas para remover as rugas e tingir os cabelos.
Amava pedras preciosas e muitas de suas roupas, incluindo os sapatos, eram adornados com elas.

*Conhecia uma técnica perfeita de colorir as gemas.

*Dizia que podia fundir vários diamantes pequenos e obter um grande. Dizia também que podia produzir pérolas de diferentes tamanhos.

*Relacionava-se ou foi relacionado com várias sociedades secretas, incluindo Rosacruzes, os Freemasons, Society of Asiátic Brothers [Irmãos Asiáticos], Cavaleiros da Luz, os Iluminati e a Ordem dos Templários.

Voltaire, o renomado filósofo do século XVIII, ele mesmo um respeitado homem da ciência, da razão, um homem do Iluminismo, teria dito sobre Saint-Germain: "É um homem que nunca morre e que conhece todas as coisas". Ao longo do século XVIII, o Conde de Saint-Germain continuou a usar seu espantoso conhecimento do mundo em meio às intrigas políticas e sociais da elite européia:

*Na década de 1740, foi um diplomata conceituado na corte do rei Luís XV desempenhando missões secretas na Inglaterra.

*Em 1760, cumpriu missão similar em Hague [Haia ─ Holanda], onde encontrou o famoso sedutor Giacomo Girolamo Casanova. Sobre Saint-Germain, Casanova disse: "Esse homem extraordinário... eu poderia dizer que ele tinha, com certeza, uns 300 anos de idade. Conhecia os segredos da medicina universal e dominava a Natureza; ele podia derreter diamantes... Tudo isso era brincadeira para ele".

Em 1762 ele viajou para a Rússia onde, se diz, participou da conspiração que colocou Catarina, a Grande, no trono. Depois, foi conselheiro do Exército Imperial Russo na guerra contra a Turquia [que os russos ganharam].

*Em 1774 Saint-Germain retornou à França quando Luís XVI e Maria Antonieta ocuparam o trono. Diz a lenda que ele advertiu os monarcas sobre a Revolução que eclodiria 15 anos depois.
Em 1779 ele foi a Hamburgo, Alemanha, onde tornou-se amigo do príncipe Charles de Hesse-Cassel. Nos cinco anos seguintes, viveu como hóspede daquela corte, no Castelo de Eckernförde e, de acordo com os registros, ali morreu o Conde de Saint-Germain, em 27 de fevereiro de 1784, de pneumonia.

AS MUITAS VIDAS DE SAINT GERMAIN


De acordo com a Teosofia e os Ensinamentos do Mestres Ascensos viveu em diferentes épocas históricas assumindo diferentes identidades, como as dos personagens históricos listados abaixo:











































São José, Pai de Jesus --Cristovão Colombo ─ Francis bacon : algumas vidas de Saint-Germain

Legislador durante a Idade do Ouro da Civilização, na região do Deserto do Saara,em uma colônia Atlante, quando o lugar ainda não era o Deserto, há 70 mil anos atrás.

Sumo-sacerdote em Atlântida, há 13 mil anos atrás, servindo à Ordem do Mestre Zadkiel no Templo da Purificação, localizado onde, hoje, é a ilha de Cuba.

SAMUEL, século 11 a.C., líder religioso em Israel. Profeta, sacerdote e o último dos Juízes hebreus.

SÃO JOSÉ, no primeiro século d.C., marido-tutor de Maria e Guardião de Jesus.

SAINT ALBAN [Santo Albano], a data de seu nascimento é incerta bem como a de sua morte de modo que sua vida fica situada entre os séculos II e III da Era Cristã. Junto com Julius e Aarão, é considerado um dos três mártires cristãos da Bretanha. Alban, que viveu em Verulamium, sendo pagão, acolheu um sacerdote cristão perseguido pelo imperador Diocleciano. Alban salvou a vida do religioso fazendo-se passar por ele e foi decapitado.

PROCLO [Proclus 410-485 d.C.] ─ Atenas. Considerado o mais destacado filósofo neoplatônico, escreveu vasta obra sobre filosofia, astronomia, matemática e gramática.

MERLIN, cuja vida é situada entre os séculos V e VI d.C.., na Bretanha, foi mágico e conselheiro na corte de Camelot, do rei Arthur. MERLIN teria inspirado a criação da Ordem dos Cavaleiros da Távola Redonda.

ROGER BACON, Inglaterra [1220-1292]. Filósofo, reformador educacional e cientista experimental, precursor da ciência moderna por suas exaustivas investigações em alquimia, óptica, matemática e línguas.

SAINT-GERMAIN, ainda agindo sob novas identidades, teria sido o organizador das Sociedades Secretas na Alemanha nos séculos XIV e XV. Está ligado à figura de Christian Rosenkreuz [Rosa-cruz].


CRISTOVÃO COLOMBO [1451-1506], acredita-se, nascido em Gênova, Itália, estabelecido em Portugal, alcançou, com uma pequena frota, a América do Norte, em 1492, sob o patrocínio dos reis espanhóis Isabela e Ferdinando.


FRANCIS BACON [1561-1626], Inglaterra. Filósofo, homem de política, ensaísta e mestre literário, segundo os Ensinamentos dos Mestres Ascensos, seria a verdadeira identidade de Shakespeare além de pai da ciência indutiva, precursor da revolução científica.

Informam, ainda os Mestres Ascensos, que Francis Bacon, após supostamente morrer no domingo de Páscoa, 9 de abril de 1626, assistiu ao próprio funeral, disfarçado. A seguir, teria, secretamente, viajado para a Transilvânia [na época, parte da Hungria; hoje, parte da Romênia] onde se instalou na Mansão Rakoczy, da família real húngara. Em maio de 1864, tendo alcançado sua Ascensão física, ou seja, a imortalidade e eterna juventude, atributos do sexto grau da Iniciação, adotou o nome de Saint-Germain.


Teósofos importantes, além de Blavatsky, afirmaram ter estado com Saint-Germain. Annie Besant o teria encontrado em 1896. C. W. Leadebeater escreveu que também esteve com ele, em Roma, 1926. Saint-Germain teria mostrado à Leadbeater um manto que pertencera a um imperador romano e revelou que, de fato, uma de suas residências era um castelo na Transilvânia. Guy Ballard, fundador doMovimento EU Sou, disse que encontrou Saint-Germain no Monte Shasta, na Califórnia, em 1930.


E ele continua aparecendo! No site Brother Veritus, uma notícia informa que que em 1987, na Pensilvânia [USA], Saint Germain visitou, em pessoa, para o medium, místico Canalisador de Transe [!] Philip Burley a quem instruiu sobre o Caminho Espiritual e desenvolvimento da mediunidade...

SAINT-GERMAIN WIKIPEDIA


Mas Dizem Que Ele Não Morreu!


Para qualquer outro homem, o registro de óbito de Eckernförde seria o fim da história; mas não para o Conde de Saint-Germain. Ele continuaria sendo visto nos séculos XIX e XX.

*Em 1785 [um ano portanto depois de sua alegada morte], foi visto na Alemanha com Anton Mesmer, o pioneiro d hipnotismo [ou mesmerismo]. Muitos sustentam que foi Saint-Germain quem instruiu Mesmer na técnica-arte do hipnotismo e do magnetismo pessoal.

*No mesmo ano [1785], dados oficiais da Maçonaria mostram que a Sociedade escolheu Saint-Germain como seu representante na convenção daquele ano.

*Depois da Queda da Bastilha, durante a Revolução Francesa, em 1789, a Condessa d'Adhémar disse que teve uma longa conversa com o Conde de Saint-Germain. Ele teria revelado a ela o futuro imediato da França. Em 1821, ela escreveu: "Eu tinha visto Saint-Germain novamente e, a cada vez, mais me espantava. Eu o vi quando a rainha [Antonieta] foi assassinada [executada pela Revolução de 1789], no 18 de Brumário; no dia seguinte à morte do Duque d'Enghien, em janeiro de 1815 e na véspera do assassinato do Duque de Berry. A última vez em que a Condessa o viu foi em 1820 e ele sempre manteve a aparência de um homem de 45 anos...

*Em 1774 apareceu na Bavária sob o nome de Conde Tsarogy. Em 1776, ainda na Alemanha, tornou-se Conde Welldone, especialista em cosméticos, vinhos, licores e elixires.

Depois de 1821, ao que tudo indica, Saint-Germain pode ter assumido uma outra identidade. Albert Vandam escreve, em suas memórias, ter encontrado um homem muito semelhante a Saint-Germain que se apresentava como Major Fraser. Vandam escreveu:

Ele se apresentava como Major Fraser, vivia sozinho e nunca se referiu à família. Gastava muito dinheiro embora a origem de sua fortuna fosse um mistério para todos. Possuía um maravilhoso conhecimento sobre todos os países da Europa ao longo de toda a sua História. Sua memória era absolutamente incrível e, curiosamente, freqüentemente, dava a entender àqueles que o ouviam, que tinha adquirido conhecimento em outro lugar além dos livros. Ele me disse, com um estranho sorriso que tinha conhecido Nero, falado com Dante e outras proezas.

O Major Fraser desapareceu sem deixar traço. Entre 1880 e 1900, o nome de Saint-Germain ressurgiu quando membros da Sociedade Teosófica, incluindo sua fundadora, Helena Petrovna Blavatsky, revelaram que o misterioso personagem estava vivo e trabalhando "pelo desenvolvimento espiritual do Ocidente". Atestando a veracidade da informação, existe até uma fotografia, alegadamente genuína, onde aparecem Balvatsky, Saint-Germain e os Mestres El Moria e Kuthumi.

Em 1972, um homem apareceu declarando ser Saint-Germain [o quê, em si mesmo, é um fato suspeito]. Seu nome era Richard Chanfray. Virou atração na TV francesa onde, fez o seu show, transformando, aparentemente, chumbo em ouro diante das câmeras. Chanfray cometeu suicídio em 1983 [o que desacredita completamente sua suposta identidade com o Conde porque o suicídio e também o show na TV não atitudes coerentes com a formação de um ocultista tão poderoso].










Saint-Germain: Mestre Ascencionado






A biografia do Conde de Saint-Germain, com tantos episódios mais ou menos fantásticos, sem dúvida, é o retrato de um personagem fascinante; se for ficção, é uma ficção deliciosa. A questão da imortalidade do Conde talvez seja o ponto mais polêmico desta biografia.
Enquanto alguns defendem a idéia de um Saint Germain alquimista, que se mantinha vivo e jovem ao longo de milênios graças a um miraculoso Elixir da Longa Vida, outros entendem que o Conde atravessou Eras e protagonizou fatos históricos através de um processo de sucessivas reencarnações na rara condição de ter se mantido sempre consciente de si mesmo como Ser imortal, beneficiando a si mesmo e aos outros com o conhecimento adquirido nas experiências de tantas vidas.

Não obstante a notoriedade das personalidades assumidas pelo Conde ─ São José, Francis Bacon, Cristovão Colombo etc., foi como Conde de Saint-Germain que este Espírito Peregrino tornou-se mais famoso e lendário. Após sua última morte oficial, no Castelo de Eckernförde em 1784, aquele Espírito teria alcançado, enfim, a condição de Cohan, Guardião da Chama Violeta, Mestre Ascencionado da verdadeira, invisível e espiritual Grande Fraternidade Branca.

A crença nos Mestres Ascencionados, embora tenha origem antiga, somente começou a se tornar conhecida no Ocidente a partir da divulgação do trabalho e das publicações da Sociedade Teosófica, na segunda metade do século XIX. H.P. Blavastky, pioneira da teosofia, falou sobre estes Mestres em escritos como The Mahatmas, Masters of Wisdom e Elder Brothers: "São chamados de mestres porque orientam espiritualmente os seres que estão em busca de evolução espiritual na Terra; e ascencionados porque já encarnaram e evoluíram hierarquicamente, afastando-se das limitações do plano terreno em direção à Luz, à ascensão espiritual"

O Livro de Ouro de Saint Germain

Saint-Germain, o Conde imortal, depois de morrer no século XVIII, além de ter aparecido na Europa e na América dos séculos XIX e XX, também escreveu livros! Mistérios Desvelados, A Presença Mágica EU SOU este, traduzido para o português sob o título de O Livro de Ouro de Saint-Germain, este último muito conhecido, foram supostamente ditados [pelo próprio Saint-Germain] a Guy Ballard [1878-1939], pseudônimo de Godfré Ray King, na década de 1930, na região do monte Shasta, Califórnia.

Independente de quem tenha escrito ou de como tenha sido escrito, o Livro de Ouro de Saint-Germain é uma obra curiosa. Este texto, possivelmente, é precursor/inspirador dos livros de auto-ajuda tão populares nos grandes núcleos da civilização contemporânea/pós-moderna.

Livros que recomendam e instruem sobre programas de controle do pensamento no sentido de promover a concentração mental em comandos [frases] positivas, construtivas, restauradoras da vida pessoal e social em todos os seus aspectos. São frases positivas dirigidas a qualquer objetivo de melhoria: desde mentalizações para a cura de doenças, para o saneamento da vida financeira, para ter um corpo perfeito, até a meditação para ajudar a Humanidade a sair do caos! O Livro de Ouro de Saint-Germain contém orientações para tudo isso e muito mais.

No Livro de Ouro, a idéia central é a afirmação da presença de Deus no Eu [Superior] de todas as pessoas. A doutrina é complexa [e não cabe neste ensaio] mas a prática é simplificada. Consiste no exercício diário das Afirmações. O fundamento da prática é um antigo dogma ocultista: "Pensar é Criar; falar é criar"; ou seja, toda realidade física [saúde, dinheiro, relações pessoais] e metafísica [disposições de espírito como tristeza, agitação, revolta, mágoa etc.] pode ser modificada pela AÇÃO do Pensamento e do Verbo [palavra] humanos. Meditemos...

O BICHO PAPÃO


O BICHO PAPÃO





O bicho-papão é uma figura fictícia da tradição da maioria das sociedades, que representa uma forma de meter medo às crianças, caso não façam o que lhes é mandado tal como outros seres míticos como o homem do saco, coca, ou monstro do armário.

Já na altura das Cruzadas, os muçulmanos da Terra Santa personificavam o bicho papão no rei Ricardo, Coração de Leão, dizendo aos filhos: «porta-te bem senão o melek-ric vem buscar-te».



Rei Ricardo, Coração de Leão

Todas estas designações estão associadas ao mal que pode ocorrer às crianças caso se afastem ou contrariem os pais; a expressão "porta-te bem senão vem o homem do saco e leva-te" induzia assim o respeito das crianças sobre a eventual negligência deliberada, caso o monstro realmente viesse.
Sentindo-se sozinhas e desamparadas, as crianças tendem a obedecer. (Eu fiz um artigo sobre o desenvolvimento da moral e da ética nos contos de fadas, e entendi que os contos,e no caso o bicho papão são uma maneira de ensinar as crinças as regras e leis da sociedade, sem chocá-las, ficando apenas no lúdico ^^).
Quanto aos nomes conhecidos, existem diferentes comportamentos associados ao monstro:O bicho-papão come as crianças; é, portanto, um monstro terrível; A coca aparece em lugares escuros, ou em cima do telhado; O homem do saco leva as crianças no saco; o que faria com elas deixa-se ao fruto da imaginação das crianças; O melek-ric levaria as crianças para as tornar escravas;




Em Portugal o papão é tema de uma antiga cantiga de embalar:Vai-te papão, vai-te embora de cima desse telhado, deixa dormir o menino um soninho descansado.

O BICHO PAPÃO NO MUNDO

A figura do bicho-papão é semelhante à do Père Fouettard na França...




Krampus na Baviera e Áustria...

...Ruprecht ou Knechtruprecht em outras regiões da Alemanha.




No Brasil e em Portugal é comum usar-se o termo bicho-papão, mas curiosamente sua forma física parece nunca ser descrita; também usa-se o termo homem do saco, mas este seria só um homem comum que seqüestra criancinhas.
Nos Países Baixos, ele tem o nome de Zwart Piet (Pedro negro).
Ele tem a tarefa de recolher as crianças malvadas ou desobedientes e atirá-las no Mar Negro ou de levá-las para a Espanha. Na verdade, segundo a tradição, esses personagens lúgubres seriam mouros deixados nos Países Baixos durante a ocupação espanhola.











Zwart Piet com o São Nicolau (Papai Noel)- encontrei muitas imagens dos bichos papões com cenas natalinas, assim como com o papai noel, será que ele diz quem foram as crianças mal-comportadas?Em Luxemburgo, o Housecker tem no seu saco diversas «rudden», pequenas varas de madeira, como os galhos de um chorão, para bater nas nádegas das crianças desobedientes. Com a evolução da educação, o Housecker não pune mais as crianças, contentando-se em distribuir uma vara, de maneira simbólica, às crianças ou adultos que a merecem. Em geral, trata-se de professores ou políticos locais que as recebem, fazendo rir todo mundo.LENDA ORIGINAL DO BICHO PAPÃOEsta lenda diz que, há muitos anos atrás, havia um feiticeiro que fazia magia com os corpos das crianças travessas das aldeias.Primeiro, em plena luz do dia, ele sempre aparecia no lugarejo, com um saco nas mãos para observar as crianças rebeldes.Á noite, por causa de um feitiço que foi jogado contra ele, este homem virava uma criatura horrenda. Assim, neste formato, ele invadia a casa da criança travessa para roubá-la. Daí vem o seu apelido de Bicho Papão.Diz a tradição que o feiticeiro pegava as crianças mais peraltas, porque, segundo a magia, os travessos tinham mais energia que os comportados.

PRETAS: O REINO DOS FANTASMAS FAMINTOS

Assim como nos mundos infernais, os Espíritos da Raça Preta [no Japão, chamados Gaki] expiam, purificam-se do peso de erros passados através do sofrimento. São atormentados pelas misérias da fome e da sede insaciáveis, até porque, seus pescoços, muito finos, "estreitos como o fundo de uma agulha" não permitem que se alimentem até a saciedade. Em contrapardida, seus estômagos são "grandes como tambores" [LOCHTEFELD, 2005]

Segundo a crença vulgar, os Pretas são "demônios famintos", "Cascas" ou invólucros de homens avaros e egoístas depois da morte... Renascem como pretas no Kama-Loka. ...[São] espectros, fantasmas, almas de defuntos. ...Habitam a região das sombras, estão geralmente associados aos bhütas e, como estes, costumam freqüentar os cemitérios e animar corpos mortos [BLAVATSKY, 1995].

Esse estado lamentável é decorrente da "gula" subjetiva destas criaturas, Egos dominados pela ambição, avareza, mesquinharia, mas também pelos desejos físicos, objetivos, como a voracidade diante da comida e do sexo, a acomodação ao sono, preguiça, anseio de fama e de riquezas em outras vidas, em outros mundos, seja em mundos pretas ou em qualquer outro dos cinco Reinos da existência.







*Inferno Budista ─ Os "Jardins do Inferno", na Tailândia, contraponto aos idílicos Jardins do Edén. Fica no monastério Wang Saen Suk, 90 minutos de carro ao sul de Bangcok. Na entrada, pictogramas coloridos informam: "Bem vindo ao Inferno!" O lugar é um tipo de "parque temático" onde esculturas de madeira muito expressivas mostram os variados sofrimentos que Espírito experimenta nos mundos infernais. Veja mais em Thai's Hell Garden.





*Râkchasas ─ quanto à aparência, alguns descrevem os machos como extremamente feios, ao contrário das fêmeas, consideradas belíssimas apesar de alguns traços zoomórficos presentes em sua constituição física. Esq.: O mundos dos Pretas ou Gaki, no Japão: fome, sede, tristeza, infindável insatisfação, é a realidade criada em torno dos seres dominados pela avareza.



A BRUXA DOS BELLS


A BRUXA DOS BELLS





Na primavera de 1817 John Bell mudou-se com a sua família para o estado americano do Tenesse. John, sua esposa Lucy e seus 3 filhos tiveram uma vida normal nos primeiros meses na nova casa. Os Bells começaram então a ouvir sons e tremores em sua propriedade. O mais incrível é que só acontecia ao redor da casa e durou semanas. Uma noite, seu filho Richard relata que um barulho tomou conta de seu quarto. Era impossível dormir anetes das 3 horas da manhã, quando o barulho parava
Os ataques com o tempo foram ficando cada vez mais violentos de forma que os Bells que antes guardavam segredo sobre o assunto tiveram que pedir ajuda. O relioso James Johnston foi o primeiro a tentar expulsar o fantasma. Com a ajuda de sua bíblia ele interrogava o fantasma em busca de respostas. Até um futuro presidente americano Andrew Jackson foi em 1819 observar os fenômenos. O fantasma pareceu ficar mais ativo e era ouvido rindo por toda a casa. A vizinhança descobriu o caso e começou a chamar a coisa de a Bruxa dos Bells.
Segundo testemunhas, a bruxa jurou atormentar John Bell até sua morte, que ocorreu devido um enorme engano. Um frasco que continha seu remédio foi trocado por um veneno mortal. O médido foi chamado para investigar e seu veredito foi envenenamento acidental. Logo este engano foi atribído a bruxa dos Bells. A bruxa até no velório de John atormentou as pessoas, rindo de modo a ser ouvida por todos.
Na antiga propriedade do Bells existe uma caverna. Os atuais donos relatam que acontecem eventos muito estranhos nesta caverna. Seria hoje a caverna o local onde a Bruxa dos Bells?
Proprietária das terra dos Bells afirma que na caverna da propriedade existem coisas estranhas acontecendo. Seria a Bruxa dos Bells?
Para alguns a Kate Batts, uma excêntrica vizinha dos Bells, que disputava terras com John Bell foi quem jogou a maldição que matou John.
A Bruxa dos Bells é uma das histórias de fantasma mais conhecida dos Estados Únidos e em 2006 este famoso caso americano virou filme mais uma vez, com o título de "Maldição" (An American Hauting), dirigido por Courtney Solomon.

Trata-se do único caso documentado da morte de um ser humano por um fantasma nos Estados Unidos.Na primavera de 1817 John Bell mudou-se com a sua família para o estado americano do Tenesse. John, sua esposa Lucy e seus 3 filhos tiveram uma vida normal nos primeiros meses na nova casa. Os Bells começaram então a ouvir sons e tremores em sua propriedade. O mais incrível é que só acontecia ao redor da casa e durou semanas. Uma noite, seu filho Richard relata que um barulho tomou conta de seu quarto. Era impossível dormir anetes das 3 horas da manhã, quando o barulho parava.Os ataques com o tempo foram ficando cada vez mais violentos de forma que os Bells que antes guardavam segredo sobre o assunto tiveram que pedir ajuda. O relioso James Johnston foi o primeiro a tentar expulsar o fantasma. Com a ajuda de sua bíblia ele interrogava o fantasma em busca de respostas. Até um futuro presidente americano Andrew Jackson foi em 1819 observar os fenômenos. O fantasma pareceu ficar mais ativo e era ouvido rindo por toda a casa. A vizinhança descobriu o caso e começou a chamar a coisa de a Bruxa dos Bells.Segundo testemunhas, a bruxa jurou atormentar John Bell até sua morte, que ocorreu devido um enorme engano. Um frasco que continha seu remédio foi trocado por um veneno mortal. O médido foi chamado para investigar e seu veredito foi envenenamento acidental. Logo este engano foi atribído a bruxa dos Bells. A bruxa até no velório de John atormentou as pessoas, rindo de modo a ser ouvida por todos.Na antiga propriedade do Bells existe uma caverna. Os atuais donos relatam que acontecem eventos muito estranhos nesta caverna. Seria hoje a caverna o local onde a Bruxa dos Bells?Para alguns a Kate Batts, uma excêntrica vizinha dos Bells, que disputava terras com John Bell foi quem jogou a maldição que matou John.A Bruxa dos Bells é uma das histórias de fantasma mais conhecida dos Estados Únidos e em 2006 este famoso caso americano virou filme mais uma vez, com o título de "Maldição" (An American Hauting), dirigido por Courtney Solomon.A Bruxa dos BellsTrata-se do único caso documentado da morte de um ser humano por um fantasma nos Estados Unidos além de ser o caso mais famoso do país.

A lenda : O Labatut



O Labatut é um monstro que apresenta origem européia ao qual foi acrescentado elementos indígenas. A princípio, Labatut adquiriu seu caráter de malvado como herança da imagem que ficou na lembrança do povo sobre a atuação do general Pedro LABATUT, que esteve no Ceará, de junho de 1832 a abril de 1833, reprimindo a insurreição de Joaquim Pinto Madeira. Dizia-se que esse general era extremamente violento e muito cruel. Fuzilou muitos negros, surrou muitas pretas, e em virtude de incontrolável crueldade acabou revoltando até o exército. A sua forma monstruosa foi acrescentada pelo imaginário indígena que era fértil na composição de monstros animalescos.LABATUT (segundo José Martins de Vasconcelos)Era noite e a cidade dormia pacificamente em seu habitual conchego sertanejo.-"Cala esse assobio, menino!", gritava minha mãe, aturdida com o meu assobiar.Era a hora em que todos em casa descansavam da labuta e dormiam placidamente.-"Cala esse assobio menino! Não ouves??"-"O que?" - indaguei, curioso e insistente, procurando descobrir naquilo alguma piegueci para zombar...-"Então não ouves o tropel de Labatut? Escuta...ele vem na ventania que já se aproxima rugindo! O vento geme longe... ele vem...Ao sair da lua entrará na cidade como um cão danado, devorando tudo que encontrar: homens, mulheres e meninos!...Ai do que cair nas suas mãos, porque jamais verá os seus queridos entes: irá dormir eternamente nas suas entranhas insaciáveis, cheias de fogo!"-"E o que é Labatut, mamãe?" - perguntei, agora mais trêmulo e assustado que zombeteiro, crendo ver ali uma monstruosidade do outro mundo, coisa tida para mim "in illo tempore", como caverna incomensurável cheia de bichos descomunais, ferozes, e tudo isso, misturado com tais almas penadas que me faziam tremer, ouvindo-lhes as estórias fantásticas e macabras!-"Fala baixo!...Queres morrer engolido? Labatut ouve de longe! Ele traz a ventania para ninguém ouvir-lhe a bulha dos passos pesados e retinentes, e para mais facilmente abocanhar a presa!"E eu, engolindo um grito prestes a explodir, engasguei-me alguns segundos, tendo os olhos esbugalhados, luzindo na escuridão do quarto, como se alguém me comprimisse a garganta, fazendo-me extertorar, fustigando-me, impiedosamente! Afinal, estourei, balbuciando surdamente:-"Mas quem é Labatut? Diga...Tenho medo!"E, minha mãe, sibilando por entre os dentes uma resposta arranjada a jeito, prosseguia:“Labatut é um bicho pior que o Lobisomem, pior que a Burrinha, pior que a Caipora e mais terrível que o Cão-Coxo. Ele mora, como dizem os velhos, no fim do mundo, e todas as noites percorre as cidades, para saciar a fome, porque ele vive eternamente esfaimado. Anda a pé; os pés são redondos, as mãos compridas, os cabelos longos e assanhados, corpo cabeludo, como o porco espinho, só tem um olho na testa como os cíclopes da fábula e os dentes são como as presas do elefante!. Ele gosta muito mais de meninos, porque são menos duros que os adultos! Ao sair da lua, ele, que anda ligeiro, entrará pelas ruas num trote estugada, pairando às portas para ouvir quem fala, quem canta, quem assobia e quem ressonar alto e zás! Devorar!...Os cães dão sinal, latindo-lhe atrás!”. SIMBOLISMO DA LENDA A crueldade e brutalidade humana está personificada na lenda sob a forma de Labatut. Os animais não são cruéis, pois vivem instintivamente e só matam ou devoram quando são ameaçados ou estão com fome. A imagem animalesca de Labatut refletem a idéia que o homem faz de si próprio, isto é, ele projeta nos animais seus ódios, seus desejos, seus temores...O animal é a realidade, enquanto que o homem para fugir dela, criou um mundo imaginário. Os monstros criados pela imaginação fértil do homem simbolizam as dificuldades a vencer ou os obstáculos a ultrapassar. O monstro é a imagem do "Eu inconsciente", que é necessário vencer, para desenvolver o "Eu individualizado".Encontramos exatamente essa mesma noção no monstro do pesadelo, o qual personifica o medo ou o perigo. O sonhador deve enfrentar esse monstro noturno, porque, do contrário, ressurgirá cedo ou tarde em outro sonho. Dominar o medo já é vencer o monstro!

A lenda de TIAMAT, O DRAGÃO



TIAMAT, O DRAGÃO

A história de Tiamat pode ser encontrada no épico babilônico Enuma Elish, data do século XIX-XVI a. C. Tudo inicia-se com o caos aquático. Apsu a água doce que origina rios e riachos, e Tiamat, o mar ou as águas salgadas (representada na forma de um dragão), combinam seus poderes para criar o universo e os deuses. Os primeiros dois deuses chamaram-se: Lachmu e Lachamu. A primeira prole se reproduziu e formou-se outra prole. Esses deuses irritavam profundamente Apsu que convocou seu auxiliar Mummu e foram juntos a Tiamat, a quem disseram que a descendência de ambos deveria ser eliminada para que regressasse a tranqüilidade. Tiamat, entretanto, enfureceu-se rechaçou a idéia, pois embora estivesse perturbada com os ruídos dos deuses, os perdoava.As crianças-deuses acabam descobrindo que Apsu tinha plano de matá-las e enviam o deus Ea para matá-lo primeiro. Tiamat não apoiava os planos de Apsu de destruir seus filhos mas, diante da morte de seu esposo, passa a lutar contra eles. A Deusa encontra outro companheiro, Kingu, com quem gera vários monstros: serpentes de garras venenosas, homens-escorpiões, leões-demônios, monstros-tempestade, centauros e dragões voadores. Depois, partiu para a retaliação.Antes designou Kingu como chefe de seu exército dizendo:-"Exaltando-te na assembléia dos deuses, eu te dou o poder para dirigir todos eles. Tu és magnífico e meu único esposo. Que os Anunnaki exaltem teu nome." Entregou-lhe então as Tábuas do Destino.As crianças-deuses temiam lutar contra Tiamat até que Marduk, filho de Ea, decidi lutar contra ela. O restante dos deuses rebentos prometeram a Marduk que, em caso de vitória, ele seria coroado como rei dos deuses.Marduk teceu uma rede e apanhou Kingu e todos os monstros. Ele os acorrentou e os atirou no Submundo. Partiu então para matar Tiamat. Primeiro Marduk cegou o dragão com seu disco mágico, possivelmente representado pelo próprio sol, pois o deus era também um herói-solar. Depois feriu mortalmente Tiamat com uma lança, símbolo da vontade criativa e procriação. O herói teve ainda o auxílio dos sete ventos para destruir Tiamat. Com metade do corpo dela ele fez o céu, e com a outra metade a Terra. Tomou sua saliva e formou as nuvens e de seus olhos fez fluir o Tigre e o Eufrates. Finalmente de seus seios criou grandes montanhas.


Os humanos foram criados a partir do sangue de Kingu. Marduk criou em seguida uma habitação para os deuses no céu, fixou as estrelas e regulou a duração do ano.Outros mitos, descrevem o processo de criação como um fluxo contínuo de energias originadas do sangue menstrual de Tiamat, armazenado no Mar Vermelho ou Tiamat, em árabe. Foi essa a razão pela qual, mesmo após a interpretação patriarcal do mito, na qual foi acrescentada a figura de Marduk, que teria matado Tiamat, o Dragão do Caos e criado o mundo com seu corpo, foi mantido na Babilônia, durante muito tempo, o calendário menstrual, celebrando os Abbats e nomeando os meses do ano de acordo com as fases da Lua.
O mistério de Tiamat e de Marduk era comemorado anualmente na Babilônia durante o Ano Novo ou no festival de Akitu.Como em incontáveis mitos, a origem de toda a vida teria vindo do mar primordial, quer na terra, ou no céu, mas o que existe de comum em todas estas possíveis procedências são as trevas primordiais. São delas que se origina a luz, sob a forma de luz ou estrelas e do dia acompanhado pelo sol. É esse fator comum, a escuridão da noite primordial como símbolo do inconsciente que explica a identidade entre o céu noturno, terra, mundo inferior e água primordial anterior à luz. Com efeito, o inconsciente é a mãe de todas as coisas, e tudo o que surgiu depois e permanece na luz da consciência está em uma relação filial com a escuridão. Designamos como urobórica, essa situação psíquica primordial, que abrange os opostos e, ma qual os elementos masculinos e femininos, os inerentes à consciência e os hostis a ela, confundem-se uns com os outros.Na Babilônia, a unidade masculino-feminina dos uroboros era constituída por Tiamat e Apsu, que representavam o caos primordial da água. Mas é Tiamat, o verdadeiro elemento de origem, a mãe de todos os deuses, e a possuidora das tábuas do destino.A existência original de Tiamat também resulta do fato desta ter sobrevivido à morte de Apsu e, quando finalmente derrotada pelo deus-sol patriarcal Marduk, formam-se a partir de seu corpo a abóbada celeste superior e a abóbada inferior das profundezas. Assim, mesmo depois de ter sido derrotada, ela permanece como o Grande Círculo que tudo contém.


Tiamat, não é apenas o monstro terrível (dragão) do abismo, tal como a via o mundo patriarcal daquele que a venceu, Marduk. Ela é não só geradora, como também a mãe legítima de suas criaturas, que se enfureceu quando Apsu decidiu matar os deuses que eram seus filhos. Somente depois destes terem assassinado Apsu, seu marido, o pai primordial, é que ela dá inicia à sua vingança e propaga a sua força destruidora.Tiamat representa o poder irracional dos primórdios e do inconsciente criador. Mesmo na morte, ela continuou a representar o mundo superior e o inferior. Marduk, ao contrário, é um legislador. A cada uma das forças celestes ele atribuiu um lugar fixo e, como Deus bíblico do Gênese, organizou o mundo segundo leis racionais que correspondem à consciência e sua natureza solar.O caráter numinoso da Grande Deusa ainda se manifesta na forma de um Dragão em Tiamat, entretanto, é mais freqüente este deusa primitiva surgir despida e com características sexuais acentuadas quando a ênfase recai em sua fecundidade e em seu caráter sexual.Taimat não é uma Deusa cruel, mas seus templos eram escondidos, devido a sua impopularidade, provavelmente por causa dos sacrifícios humanos que faziam parte de seus rituais. Isto mudou, em algumas cidades do Império, quando Tiamat passou a ser adorada abertamente e onde, os rituais mais sangrentos eram executados raramente. Tiamat representa todos os cinco elementos chineses: terra, água, fogo, ar e metal.

PEGADAS DO DEMONIO


PEGADAS DO DEMONIO

Na área próxima a Devon, em fevereiro de 1855, uma série de pegadas estranhas apareceu na neve, depois de uma pesada tempestade. Elas tinham a forma de cascos e seguiam em linha reta por um percurso inacreditável de 160 quilômetros, basicamente em linha reta (sem desviar de rios congelados, casas e qualquer outro obstáculo). Seja lá que criatura foi, ela caminhou em linha reta, pelos lados de paredes e telhados. Também surgiram boatos de que uma criatura parecida “com o demônio” havia sido avistada. Os cidadãos se armaram para enfrentar a criatura, mas não encontraram nada. Recentemente, em março de 2009, marcas como aquelas foram encontradas novamente em Devon , você pode vê-las nas fotos acima.